domingo, 10 de abril de 2011

Publicações interessantes

Aceda a algumas publicações interessantes.

Comunicação, Fala e Linguagem

Necessidades Educativas Especiais: Práticas de sucesso 

Mais qualidade de vida para pessoas com deficiência : uma estratégia para Portugal

Afiador adaptado


Durante a escrita ou desenho é comum partir a ponta do lápis. Suporte para apontador em madeira, para facilitar na hora de afiar o lápis.

Alertas luminosos

Estes dispositivos são sinalizadores de luz que alertam o utilizador através de sinais luminosos recorrentes. Isto
é útil para utilizadores com deficiências auditivasque  não conseguem ouvir qualquer som a partir do computador e para utilizadores com deficiências cognitivas tais que impeçam uma concentração contínua. 
Um exemplo concreto de utilização é: o utilizador recebe um email e não ouve o alerta sonoro, no entanto é também alertado com sinais luminosos que já não lhe passam despercebidos.

Ponteiras de cabeça

sábado, 9 de abril de 2011

Dispositivos Sip-and-puff

São dispositivos tipicamente concebidos para indivíduos com um alto nível de lesão na medula espinal ou com lesões crónicas avançadas. Estes sistemas são geralmente montados numa cadeira de rodas ou numa cama. Os utilizadores simplesmente precisam de movimento lateral da cabeça, e de um volume mínimo de controlo da respiração. O ‘sip-and-puff’ permite aos utilizadores controlar uma cadeira de rodas, um computador e um dispositivo de voz sintética.

Discover Switch


O Discover Switch é destinado a utilizadores que operam o computador apenas através de um manípulo.

O Discover Switch faz tudo aquilo que o teclado normal e o rato são capazes de executar. Emula (copia) para o ecrã do computador todo o teclado e as funções do rato; o utilizador pressiona o Discover Switch e, através de um processo de varrimento, o utilizador pode seleccionar a tecla que deseja actuar.

Pode ligar-se um manípulo externo que se considere mais adequado às capacidades motoras do utilizador e programar o teclado virtual criado, de acordo com as necessidades do utilizador.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Engrossador triângular de lápis/caneta


Frequentemente utilizado para facilitar a preensão de lápis, caneta ou outro material esférico.

Disponível nos tamanhos pequeno e grande ou feito sob medida.

Manípulo Jelly Bean

É considerado um standard e é muito utilizado pela sua resistência e durabilidade. Pode ser suportado por um braço articulado.

Estabilizadores de punho e abdutor de polegar com ponteira para digitação:

Apontadores Electrónicos


São dispositivos usados para controlar o cursor do sistema de uma forma facilitada e por vezes até sem o uso das mãos. Existem vários tipos de dispositivos desta categoria sendo os mais comuns os que usam as tecnologias de ultrasons, raios infravermelhos, movimento ocular, sinais nervosos ou ondas cerebrais.

Pulseira de Pesos



Ajuda a reduzir a amplitude dos movimentos flutuantes, tornando o trabalho de digitação mais preciso e mais rápido, aumentando a eficácia de comunicação.

Switch de rato

É um dispositivo que substitui a acção do rato convencional através de 7 (sete) accionadores de toque simples, permitindo os movimentos direccionais do cursor, clique simples ou duplo e clique direito do rato. Cada accionador é uma caixa independente podendo ser disposta conforme a habilidade/necessidade do utilizador. Apresenta chave liga/desliga para a função arrastar.

Joysticks



Os joysticks são dispositivos apontadores especialmente concebidos para pessoas com dificuldades motoras. Este dispositivo permite controlar o cursor do ecrã através do seu stick e as funções são activadas através dos botões nele incorporados.

Switch de inclinar




 Pequeno mas muito útil. Com faixa de velcro ajustável. Para crianças e adultos. O switch é accionado inclinando a cabeça ligeiramente para a frente ou para trás. Só precisa de poucos graus de inclinação, o que torna este switch adequado para pessoas com muito pouco movimento.

Roller II Trackerball


Especificamente concebido para a educação na área das Necessidades Educativas Especiais, o Roller II Trackerball é de construção robusta e de fácil utilização.

Tem como principal função proporcionar o acesso ao computador para quem não tem possibilidades de o realizar através do rato convencional.

Este rato especial foi desenvolvido para ser automaticamente detectado pelo computador através da porta USB ou PS/2. Possui botões coloridos que correspondem às entradas existentes na parte de trás do aparelho para comutadores ou manípulos.

Especificações Técnicas

- Os 3 botões estão posicionados de forma convencional ao redor da bola/joystick e são de simples acesso;
- Não necessita de qualquer software de instalação;
- Existe nas opções rato de bola (trackerball) e joystick;
- Tem 3 entradas coloridas para ligar manípulos ou comutadores para aceder as funções de cada botão;
- Possui um protector de botões, para prevenir pressões casuais (que pode ser retirado);
- Compatível com as portas PS/2 ou USB

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dosvox


Sistema operacional que permitem que pessoas cegas usem o computador para desenvolver tarefas independentes. São ferramentas que possuem sistema de leitura de tela que provem feedback sonoro ou tátil para os programas convencionais.

Software com sensor de movimento ocular


Ecrã versátil


Teclado com várias lâminas, trocadas de acordo com a actividade. A de escrita, por exemplo, tem cores contrastantes e letras grandes. O equipamento é programado para ajustar o intervalo entre os toques, evitando erros causados por movimentos involuntários.

Ecrã de Braille

Proporcionam uma linha de saida táctil de informação, representada no ecrã do computador. Uma “célula” Brailler é composta por uma série de pontos. O padrão de pontos e as várias combinações de células são usadas em vez das letras. O utilizador lê as letras Braille com os seus dedos e, depois da linha estar lida, pode actualizar o ecrã para ler a próxima.

Ecrã táctil

Ecrãs tácteis são dispositivos de apresentação de conteúdo que são capazes de detectar o toque e a respectiva localização na área de visualização. Desta forma é possível manipular o conteúdo de uma forma mais intuitiva, apenas utilizando o ecrã, não recorrendo a dispositivos intermédios como o rato e/ou o teclado. Esta tecnologia é particularmente útil para pessoas com deficiências cognitivas e para pessoas com deficiências motoras

"Máscara" de teclado


Placa de plástico ou acrílico com perfurações correspondentes a cada tecla do teclado, que quando fixada a uma certa distância acima deste, tem por finalidade evitar que a pessoa que apresenta movimentos involutários pressione teclas indesejadas .

Teclado/Ecrã de varrimento

Este sistema adopta uma estruturação hierárquica, através da qual o utilizador pode navegar por recurso a um simples interruptor adaptado às suas características particulares. Em cada nível hierárquico, o utilizador tem à disposição um conjunto de opções, identificadas por um ícone e/ou por uma mensagem verbal, e dispostas geralmente sobre uma matriz com linhas e com colunas. Cada um dos elementos da matriz corresponde a uma dada opção, disponível no contexto em que o utilizador se encontra, podendo corresponder ou a uma acção específica com efeitos sobre a aplicação ou aplicações subjacentes, ou a uma mudança de nível hierárquico. A matriz de ícones assim visualizada vai sendo varrida coluna a coluna (a coluna activa é feita sobressair relativamente às demais) até uma das colunas ser seleccionada pelo utilizador através de uma acção sobre o interruptor. Cada uma das linhas que compõem essa coluna é então varrida sequencialmente. Uma nova actuação sobre o interruptor permite ao utilizador identificar o ícone cuja acção pretende desencadear. Desta forma, por exemplo, é possível controlar o cursor e as teclas de um rato virtual, definindo o sentido e a velocidade de deslocamento do cursor, ou acções de pressão, simples ou dupla, sobre qualquer um dos botões do mesmo.


Teclados alternativos

São teclados com alterações no seu desenho e estrutura para permitir uma melhor adaptabilidade a pessoas com dificuldades motoras. Este tipo de teclado pode ter diversas formas e assim conseguir satisfazer as várias limitações existentes.

Teclados com filtros

São teclados com determinadas teclas que possuem funcionalidades específicas no sentido de reduzir o esforço do utilizador em aceder a estas. Não são como as teclas de atalho dos teclados convencionais, visto que as funcionalidades são de natureza mais específica.

Também existem filtros que são controlados por software ao invés de estarem embutidos no teclado. Estes funcionam tipicamente como auxiliares de escrita, como por exemplo previsão de palavras, requerendo menor número de teclas pressionadas para escrita e diminuindo a probabilidade de selecção inadvertida de teclas.

Cheap Talk 8



- Tem 8 células dispostas em linhas de 4 colunas;
- Permite varrimento;
- Entrada de 8 manípulos;
- Podem existir vários níveis de gravação (de 1 a 12);
- Cada mensagem pode ir até 18 seg.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vocalizadores (o que são?)


É um recurso electrónico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas no seu dia-a-dia. Através dele, o seu utilizador expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-gravada no aparelho. As mensagens são acedidas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que correspondem ao conteúdo sonoro gravado.

A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade de gravação varia de um aparelho a outro. Encontra-se vocalizadores de apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra variável é o tempo total de gravação normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento.

Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido através de figuras ou textos aplicados em tabelas de comunicação que ficam sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, a mensagem pré-gravada é imediatamente reproduzida e com volume ajustável.

Lista homologada das ajudas técnicas

Clique AQUI para aceder à lista homologada de ajudas técnicas.

Ajudas Técnicas / Produtos de Apoio

O que são?

São meios indispensáveis à autonomia e integração das pessoas com deficiência que se destinam a compensar a deficiência ou a atenuar, aliviar ou neutralizar as suas consequências e a permitir o exercício das actividades quotidianas e a participação na vida escolar, profissional e social.


Estes podem ser utensílios simples ou complexos e podem envolver tecnologia, como por exemplo, materiais e equipamentos para a comunicação (canetas adaptadas, computadores, tabelas de comunicação, dispositivos para virar folhas, amplificadores de som, telefones, entre outros).





A quem se destinam?

Destinam-se a todas as pessoas com deficiência, permanente ou temporária.

Quem é considerado "Pessoa Portadora de Deficiência"?

Considera-se pessoa com deficiência aquela que, por motivo de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas susceptíveis de, em conjugação com os factores do meio, lhe limitar ou dificultar a actividade e a participação em condições de igualdade com as demais pessoas.

In http://www.ajudas.com/


O Boardmaker

O Boardmaker é um programa de computador que contém um banco de dados gráfico contendo os mais de 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS.

Com o Boardmaker é possível:

• Confeccionar tabelas de comunicação com qualidade profissional em minutos;
• Localizar e aplicar símbolos e imagens com um clique;
• Trabalhar as imagens em qualquer tamanho e espaçamento;
• Imprimir e/ou guardar a sua tabela de comunicação para uso posterior;
• Imprimir tabelas de comunicação em cores ou preto-e-branco (dependendo do tipo de impressora);
• Armazenar, nomear, organizar, redimensionar e aplicar imagens de sua preferência;
• Criar folhas de tema ou trabalho, lista de instruções pictóricas, livros de leitura, jornais e posters.
• Acompanha várias grelhas prontas de calendários e agendas para você confeccionar materiais rapidamente.

O programa inclui:

• 4.500 Símbolos de Comunicação Pictórica - PCS;
• Dois conjuntos de símbolos: um conjunto em preto-e-branco e outro com os símbolos em cores;
• Dezenas de grelhas pré-fabricadas para uso das pranchas de comunicação em porta-tabelas e com vocalizadores;
• Calendários prontos para usar;
• Manual do usuário dentro da interface do programa.
• Cada símbolo é traduzido em 44 idiomas e pode ser localizado e impresso em qualquer uma das linguagens oferecidas;
• Os símbolos podem figurar com os rótulos de texto em três modos: sem texto, com uma ou duas linhas de texto (em idiomas diferentes), acima ou abaixo do símbolo.

In http://www.clik.com.br/mj_01.html

  • Clique aqui para aceder ao Manual de Utilizador do Boardmaker. 

terça-feira, 5 de abril de 2011

Signos tangíveis

São signos ligados a objectos utilizados na acção que se pretende comunicar. Podem ser objectos reais, miniaturas de objectos, parte dos objectos e objectos artificiais/texturas. Geralmente usados por crianças, estas podem tocar e manipular estes elementos. (Pereira et al. 2008). São as mais indicadas para indivíduos com maiores dificuldades de abstracção.

Exemplo prático de Língua Gestual Portuguesa

Língua Gestual Portuguesa (LGP)

A expressão "língua gestual" refere-se à língua materna de uma comunidade de surdos. Essa língua é produzida por movimentos das mãos, do corpo e por expressões faciais e a sua recepção é visual. Tem um vocabulário e gramática próprios.

Assim sendo, a LGP possui características que fazem dela uma língua:
- é composta, maioritariamente por símbolos arbitrários;
- é um sistema linguístico;
- é partilhada por uma comunidade de pessoas que a utilizam como sua forma de expressão mais natural;
- possui propriedades como a criatividade e a recursividade;
- possui aspectos contrastivos;
- é um sistema em constante renovação e evolução: apresenta o fenómeno da dinâmica linguística;


Para acrescentar, como qualquer língua oral, a LGP possui variantes dentro do seu próprio órgão (idioma), alterando, relativamente, de região para região e dependendo do grau de instrução e das profissões dos surdos em cada uma das regiões.

In http://pt.wikipedia.org

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Exemplo de utilização do Makaton

Makaton

Teve o seu início em Inglaterra, nos anos 70, e pretendia encontrar um método de comunicação para adultos surdos. Foi criado como um programa de linguagem completo, com vocabulário estruturado em diferentes graus de complexidade e ensinado com recurso a gestos e, posteriormente, a símbolos em simultâneo com a fala. Evocando diferentes canais de informação, vai possibilitar uma melhor compreensão da mensagem e uma maior eficiência comunicativa. Não obstante, António Vieira Ferreira (1989) defende que no uso da linguagem gestual, o qual envolve acções coordenadas como gestos, palavra/tom, postura, expressão corporal, pressupõe já um determinado desenvolvimento cognitivo, o que torna esta técnica mais difícil de aplicar numa criança com este tipo de dificuldade.

O vocabulário Makaton é composto por 350 palavras-chave que estão distribuídos por oito níveis, progredindo de acordo com o desenvolvimento normal da linguagem.

Sistema PIC (Pictogram Ideogram Communication)

O Pictogram Ideogram Communication foi concebido no Canadá por Subhas, C. nos anos 80, tendo como objectivo possibilitar a comunicação e estimular as capacidades de percepção e conceptualização de indivíduos deficientes mentais, que não tinham manifestado ganhos significativos com o sistema Bliss.

Em Portugal é composto por 400 signos, divididos em categorias semânticas (pessoas, partes do corpo, casa, comida, animais…) e apresentados sob a forma de figuras brancas, desenhadas num fundo preto, sendo que a palavra se encontra escrita a branca por cima do símbolo.

É um sistema indicado para crianças que apresentem dificuldades de visão, visto que o branco no preto cria um maior contraste. Apresenta limitações no facto de ainda ter um leque reduzido de símbolos (Pereira et al. 2008).

Os símbolos podem ser pictográficos ou ideográficos, sendo que estes exigem um maior nível de conhecimentos, aprendizagem e abstracção.

Este sistema tem demonstrado a sua eficácia com pessoas com paralisia cerebral e com deficientes que não responderam da melhor forma ao sistema Bliss.

Sistema Bliss



Criado no século XX por Charles K. Bliss e concebido, originalmente, para responder à necessidade de criar uma linguagem internacional para adultos sem dificuldades de comunicação. Como meio de comunicação alternativa e aumentativa foi aplicado pela primeira vez com indivíduos portadores de deficiência motora (paralisia cerebral). 

Este sistema consiste num conjunto de símbolos gráficos que representam conceitos combináveis de diferentes formas, criando novos símbolos. Apresenta níveis abstractos e níveis concretos de conceitos que permitem que seja utilizado por crianças e adultos com diferentes capacidades cognitiva, permitindo distintos graus de estruturação linguística.

Qualquer indivíduo poderá comunicar com recurso a este sistemas, independentemente dos símbolos lhe serem familiares, uma vez que cada símbolo é acompanhado pela palavra que representa.

No sistema Bliss é de suma importância o tamanho, a forma e a posição de cada desenho, sendo que estes são considerados na compreensão do seu significado. Tal facto, levou à necessidade de criar uma gramática de referência.

Sistema SPC (Símbolos Pictográficos para Comunicação)

O sistema SPC (Símbolos Pictográficos para Comunicação) foi criado por Roxanna Mayer Johnson e por Suzanna Mayer Watt, estando actualmente traduzido em mais de dez línguas.

O sistema gráfico SPC é composto por símbolos pictográficos, ou seja, relacionados ao desenho das figuras que representam, sendo por isso mais apropriado para casos em que é esperado um nível simples de linguagem expressiva, vocabulário limitado e estruturas de frases curtas. (Finnie, 2000). Os símbolos são bastante simples e, sempre que não exista um símbolo para representar uma palavra ou ideia, pode ser criado pelo utilizador, procedendo à sua normalização.

Integra, actualmente, cerca de 3200 símbolos, organizados em seis categorias de significação. Está organizado segundo a escala de Fitzgerald. Cada categoria gramatical é representada por uma cor (social: cor-de-rosa; substantivos: cor-de-laranja; adjectivos e advérbios: azul; pessoas: amarelo; acções: verde; artigos e preposições: branco).

Tem como principal objectivo facilitar a comunicação de pessoas com dificuldade de comunicar oralmente devido a deficiência motora ou auditiva.

domingo, 3 de abril de 2011

PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Imagens)

É um sistema de comunicação completo e foi originalmente desenhado para criar, rápida e economicamente, recursos de comunicação. Permite desenvolver a comunicação interpessoal, principalmente em pessoas com dificuldades severas de comunicação (Almeida, Piza, Lamônica, 2005). 

Este sistema permite desenvolver a compreensão, reduzir a frustração de quem tem dificuldade em falar e permite um poder de maior escolha de quem não se expressa oralmente (Pedrosa, 2006) e pretende desenvolver a independência e a espontaneidade da comunicação (Soares, 2006).

O PECS começa por ensinar uma pessoa a dar uma imagem de um item desejado ao "professor", que imediatamente entende a troca da imagem como um pedido. O sistema passa a ensinar a discriminação de imagens e como colocá-las juntas em frases. Nas fases mais avançadas, as pessoas são ensinadas a responder a perguntas e comentários.

Tem sido bem sucedido com pessoas de todas as idades, demonstrando uma grande variedade de comunicação para dificuldades cognitivas e físicas.

Este sistema possui símbolos simples, é fácil reconhecer o seu significado, é de baixo custo e relacionam-se com uma grande diversidade de situações de vida diária. Além disso, podem ser utilizado apenas com uma pessoa ou em grupo (Almeida et al, 2005). 

É necessário salientar que a escolha de símbolos deve ser adaptada aos interesses de cada criança, para garantir a sua motivação e facilitar a compreensão. Deve-se trabalhar imagens que ela conheça e goste, para aumentar a espontaneidade da situação (Soares, 2006). 

Apesar de algumas pessoas criticarem a utilização de gestos, com a justificação de que estes nem sempre são entendidos por toda a gente, é necessário realçar que a estes gestos facilita a compreensão e expressão da criança, nomeadamente no Autismo, pois permite contextualizar a mensagem transmitida (Soares, 2006).


  •  Clica aqui e aqui para obteres mais informação útil sobre o PECS.

Autismo - Guia Prático

Clique aqui para aceder ao livro Autismo - Guia Prático. Este manual poderá ser um aliado.

O autismo explicado a crianças

Imagina a seguinte história: o Luís foi à casa do seu amigo Diogo, onde conheceu o irmão de quatro anos do Diogo, chamado Gil. “Olá” disse o Luís ao Gil com um sorriso. O Gil olhou para o Luís e não disse nada. Depois voltou a brincar com um brinquedo velho sem dar atenção ao Luís. O Luís disse ao Diogo: “acho que o teu irmão não gosta de mim”. “Não é culpa tua” disse o Diogo, “ele é autista.”

O que é o autismo? 

O autismo altera a forma como vemos e experienciamos o mundo. Uma criança autista não interpreta as coisas ou os sentimentos como tu. É difícil para um autista relacionar-se com outros miúdos ou expressar-se através de palavras. Os miúdos autistas normalmente isolam-se num mundo deles e precisam de ajuda para comunicar.
O autismo provoca reacções diferentes ao que se passa à volta. Sons que para ti são normais podem incomodar um autista, ao ponto de os levar a tapar os ouvidos. Até a sensação de ser tocado, como por exemplo quando te encostas a um amigo, pode ser muito desconfortável para um miúdo autista.
Crianças com autismo têm mais dificuldade, ou não conseguem, associar coisas. Por exemplo, quando alguém sorri, tu sabes que essa pessoa está contente ou está ser amigável. Mas um miúdo com autismo terá dificuldade em associar o sorriso a um estado emocional da pessoa.
O mesmo se passa com as palavras. Um miúdo autista tem dificuldade em ligar as palavras ao seu significado. Imagina o que será tentar perceber o que os teus amigos estão a dizer se não souberes o que as palavras significam. É muito frustrante para uma criança tentar dizer qualquer coisa e não encontrar as palavras certas. Por isso às vezes os autistas têm acessos de muito mau humor. Não é por mal... é apenas frustração.
Se conheces, ou já viste algum miúdo autista, deves ter reparado que parecem ter comportamentos estranhos. Podem estar sempre a bater palmas, a repetir as mesmas palavras sem parar, ter birras ruidosas ou brincar apenas com o mesmo brinquedo. Os autistas não gostam de alterações na sua rotina. Se estão habituados a acordar a uma determinada hora, tomar o pequeno-almoço e depois brincar, não gostam de trocar a ordem das actividades. Por exemplo acordar, brincar e depois tomar o pequeno-almoço. Gostam de seguir rotinas, que são sempre iguais. É a maneira que eles encontraram de organizar um mundo que é diferente do nosso. E quem diz a rotina, diz também a forma como os objectos ou brinquedos devem ser arrumados da maneira deles. E ficam muito chateados se alguém mudar essa ordem.
Quando alguém tem autismo, o seu cérebro tem dificuldade em realizar um trabalho muito importante: que o mundo faça sentido. O teu cérebro está sempre a interpretar os cheiros, os sons, as imagens e todas as sensações que chegam através dos cinco sentidos. Se o teu cérebro não conseguir interpretar estas sensações, vais ter dificuldades em andar, falar, ir à escola, relacionares-te com outras pessoas e fazeres as coisas normais do quotidiano.
O autismo pode ser ligeiro, afectando apenas parte da vida quotidiana, ou ser mais profundo, tornando a pessoa muito mais dependente dos outros.

O que causa o autismo? 

O autismo afecta cerca de 1 em cada 150 miúdos, mas ninguém sabe ao certo qual a causa. Alguns cientistas pensam que existem crianças com maior probabilidade de ter autismo porque já existe ou existiu alguém autista na família. Esta é uma explicação genética. Mas existem crianças que são autistas sem nunca ter havido ninguém autista na família. O cérebro humano é muito complicado, por isso determinar a causa exacta do autismo é muito difícil.
O cérebro tem mais de 100 biliões (leste bem... biliões) de células nervosas, chamadas neurónios. Cada neurónio pode ter centenas ou milhares de ligações que levam mensagens a outros neurónios ou células nervosas. As ligações e os mensageiros químicos, chamados neurotransmissores, permitem aos neurónios em várias partes do cérebro – as partes que ajudam a ver, sentir, mexer, recordar e muito mais - a trabalharem em conjunto.
Por alguma razão, algumas destes neurónios e ligações numa criança com autismo não se desenvolveram correctamente ou ficaram danificadas. Normalmente estes problemas acontecem nas partes do cérebro ligadas à comunicação, emoções e sentidos.

Como é diagnosticado o autismo? 

Perceber se uma criança é autista pode ser difícil. Normalmente, são os pais os primeiros a suspeitar que algo se passa. Talvez a criança já tenha idade para começar a falar e não o faz, talvez não demonstre interesse pelas outras pessoas ou tem comportamentos estranhos. O problema é que o autismo não é a única explicação para estes problemas. Uma criança com problemas de audição também vai ter dificuldade em aprender a falar.
A juntar a isto, os testes de laboratório normalmente também são normais em crianças autistas. No entanto, os médicos fazem estes testes para excluir outras doenças ou problemas. Estes testes incluem análises ao sangue, urina, audição, ondas cerebrais, teste de QI (quociente de inteligência, embora o resultado destes teste não seja conclusivo).
Muitas vezes, reúne-se uma equipa de especialistas de várias áreas para determinar se a criança é autista. Esta equipa pode ser formada por pediatras, neurologistas pediátricos, especialistas em desenvolvimento infantil e terapia da fala, psicólogos e psiquiatras infantis, etc. Esta equipa vai estudar como a criança brinca, aprende, comunica e se comporta. As informações dadas pelos pais também são estudadas. Depois de terem toda esta informação, os especialistas podem decidir se a criança tem autismo ou outro problema.

Como podemos tratar o autismo? 

Infelizmente não existe cura para o autismo, mas os médicos, terapeutas, pais e professores podem ajudar as crianças com autismo a ultrapassar ou a ajustarem-se às dificuldades. Quanto mais cedo a criança começar a terapia para o autismo melhor.
As crianças são diferentes e têm necessidades diferentes, mas aprender a comunicar é um primeiro passo fundamental. Aprender a falar pode ser complicado para as crianças autistas, mas não é impossível. Muitos miúdos autistas percebem melhor as palavras quando as vêem, por isso os terapeutas ensinam os miúdos a comunicar com a ajuda de imagens ou mesmo com linguagem gestual (não confundas com a língua gestual dos surdos, aqui falamos mesmo de gestos, alguns mais simples, como o apontar, outros mais complexos). Este método ajuda os miúdos autistas a aprender outras coisas e alguns acabam mesmo por aprender a falar.
Os terapeutas também ensinam coisas que tu podes achar simples e banais, mas que fazem toda a diferença na qualidade de vida de um autista. Por exemplo, cumprimentar uma pessoa, seguir direcções, escovar os dentes, comer sozinho, etc. Existem também terapias próprias para crianças autistas que são mais activas e têm dificuldade estar sossegadas ou controlar o mau-humor. E por vezes, têm mesmo de tomar medicamentos para controlar o temperamento e comportamento.
Crianças com autismo ligeiro podem ir à escola normalmente, mas as que têm um autismo mais severo precisam de uma escola especial, mais calma, com professores especiais.

Viver com o autismo 

Muitas crianças com autismo ligeiro vão crescer e ser capazes de viverem a sua vida de forma quase autónoma. Mas aqueles com autismos mais profundos vão sempre precisar de ajuda. Mas não te esqueças, todas as crianças autistas podem ter uma vida feliz se tiverem o apoio e amor dos pais, irmãos, família, médicos, professores e colegas.

In Instituto Nacional para a Reabilitação 

sábado, 2 de abril de 2011

Sala Teacch

Clique aqui para aceder a informação sobre a organização de uma sala Teacch.

Autismo- Breve contextualização

Clique aqui para conhecer melhor em traços gerais o autismo.

Comunicação Alternativa e Aumentativa

A linguagem oral é o recurso mais utilizado para as pessoas comunicarem entre si, contudo, nem todos os indivíduos reúnem condições para aceder à oralidade, tornando-se premente criar condições para que esta população encontre alternativas para minorar, “enganar” ou mesmo eliminar as suas limitações, podendo, assim, viver em toda a plenitude pessoal, familiar e social.
Assim, surge a Comunicação Alternativa e Aumentativa que disponibiliza uma panóplia de sistemas que permitem aceder ou optimizar a comunicação. Pretende-se, deste modo, possibilitar às pessoas com deficiência uma autonomia que lhes permita um desenvolvimento integral, capaz de os levar a caminhar lado a lado com as pessoas que facilmente acedem à informação. Trata-se, em última análise, de incluir e valorizar as diferenças pessoais.
Um sistema aumentativo e alternativo de comunicação é composto por um conjunto de técnicas, estratégias facilitadoras do desenvolvimento cognitivo e do acesso à aprendizagem de conceitos, enriquecimento de vocabulário, aumentando competências linguísticas e de literacia, por parte de crianças com défices severos de linguagem ou fala.
Existem diversos Sistemas Aumentativos de Comunicação, desde gestos ou signos manuais, a quadros de comunicação baseados em sistemas de símbolos gráficos até sistemas mais sofisticados baseados no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação.
São várias as vantagens que aparecem associadas aos sistemas de comunicação alternativa e aumentativa, sendo que, segundo Ribeiro, M. (1998) podemos destacar:
- normalmente são de fácil aprendizagem;
- respeitam diferentes ritmos pessoais;
- não exigem grande coordenação motora;
- requerem apenas o apontar e a confirmação do ouvinte;
- ajudam na estruturação da linguagem.
Como maiores desvantagens poderemos apontar a impossibilidade que, por vezes, se verifica para transportar as ajudas técnicas/tecnologias e a interacção que, embora efectiva, parece menos directa, menos envolvente.

Comunicar ou não comunicar - eis a questão

Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si, como partilham uma realidade, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações, modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado.

Comunicar, embora seja um processo quotidiano e permanente, requer uma complexidade extrema, utilizando um sistema de sinais que abarca a comunicação oral e a escrita, os gestos, as expressões faciais e corporais, o silêncio, o olhar, entre outros.

Por vezes, as dificuldades de coordenação motora ou a existência de outras deficiências (mental, auditiva, visual) podem tornar a comunicação difícil ou praticamente impossível, não possibilitando um conjunto de vivências e experiências que permitem ao ser humano interagir consigo próprio, como o meio envolvente e, em última análise, com a sociedade.

Não conseguir comunicar postula-se como uma experiência frustrante, desencadeadora de sentimentos de impotência e de diminuição, que em última estância podem culminar com comportamentos de agressividade e revolta, deixando o individuo cada vez mais distante das interacções pessoais e sociais.